No Dia do Psicólogo, profissionais falam do trabalho e da atividade durante a pandemia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Fotos: Gabriel Haesbaert
Ainda na infância, a psicóloga Giselma Melo costumava escutar e aconselhar situações de conflito de amigos e familiares

Hoje, 27 de agosto, é comemorado o Dia Nacional do Psicólogo. Nesta data, em 1964, a profissão foi regulamentada através da lei 4.119/64, no governo João Goulart. No entanto, os trâmites foram iniciados dois anos antes, com a mobilização de psicólogos de todo o Brasil. Apenas sete anos depois, em 1971, foi criado o Conselho Federal de Psicologia (CFP). Conheça aqui um pouco da história de dois psicólogos que atuam em Santa Maria.

Desde criança, Giselma Melo, 38 anos, gostava de escutar os amigos. Os anos passaram, ela cresceu, tornou-se ouvinte oficial dos familiares, uma excelente mediadora de conflitos. Nesta rotina, ela passou a ser reconhecida pela habilidade de orientar as pessoas.

- Como sou de Santana da Vista, minha família me incentivou a mudar de cidade para estudar. Em 2006, vim para Santa Maria para cursar Técnico em Administração. Então, conheci a professora de psicologia Jucimara Irume. Ela plantou no meu coração a semente de, finalmente, me tornar uma psicóloga. Mas foi atuando no setor de Recursos Humanos de uma clínica radiológica, que compreendi o quanto me identifico no cuidado com as pessoas e com a área da Saúde.

Decidida, ela dividiu o tempo entre trabalho e estudo até se formar em 2015. Hoje, a especialista em Redes de Atenção Integral em Saúde Mental, orgulha-se de ter um sala para atendimento e, mais do que isso, uma ampla agenda.

- Sou grata aos meus pais, amigos e colegas de trabalho, além, é claro, a todos os meus familiares, especialmente ao meu noivo, Jaime, essenciais nessa trajetória - diz Giselma.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Com 22 anos de profissão, André Assunção, além de palestrante, dedica-se ao atendimento clínico e atua na área de Educação

A faturista Lúcia Del Fabbro também foi uma das incentivadoras da profissional.

- Éramos colegas de trabalho. Ela gostava de lidar com pessoas, era empática, incrivelmente paciente e observadora. Giselma me ajudou a vencer medos e a superar vários desafios. O mais gratificante foi vê-la voltar à empresa, depois de formada, para nos dar uma palestra - lembra Lúcia.

LONGA JORNADA

O psicólogo André Assunção, 48 anos, passou no vestibular em 1994, aos 22. Por gostar da área de Saúde, a primeira escolha era Medicina, mas se decidiu pela Psicologia e se apaixonou. Hoje, além de palestrante, ele faz atendimento clínico em escolas.

- Ter o privilégio de alguém me confiar a própria essência é uma grande responsabilidade. Realizo-me na profissão quando as pessoas têm a vida reconstituída, reorganizada e com qualidade. Se Deus quiser, permanecerei no ramo por vários anos.

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Por 20 anos, desde estagiário, André trabalhou no Colégio Estadual Manoel Ribas. Nesta função, prestava apoio a alunos com problemas emocionais e dificuldades de aprendizagem. Por vezes, estendia o atendimento a professores e familiares dos estudantes.

Em tempos de pandemia, os atendimentos psicológicos foram adaptados e são ainda mais necessários, inclusive devido a maior busca pelo serviço, conforme estudo divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), instituição que realiza pesquisas em ciências biológicas.

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Tanto para Giselma quanto para André, atender de forma presencial e online já fazia parte da rotina, visto que têm pacientes de outras cidades. Atualmente, conforme Pedro, a consulta virtual, cada vez mais, se confirma que veio para ficar.

*Colaborou Gabriele Bordin